Volume 4 da coleção das Obras Completas de Freud, A interpretação dos sonhos é o livro mais famoso do criador da psicanálise e lançou as bases do novo saber ao ser publicado, em 1900.
Freud (1900) A interpretação dos sonhos
A primeira edição de A interpretação dos sonhos foi lançada no final de 1899 (com data de 1900) numa tiragem de apenas seiscentos exemplares, que levaram oito anos para serem vendidos. Mais de um século depois, ele se tornou um dos livros mais influentes da época moderna, com incontáveis edições em dezenas de línguas.
O livro se divide em sete grandes capítulos. No primeiro, Freud passa em revista toda a bibliografia sobre o tema, desde a Antiguidade. O segundo traz seu método de interpretação, com o exemplo do “sonho da injeção de Irma”.
Analisando quase 50 sonhos próprios e centenas de sonhos relatados na literatura, Freud chega à conclusão de que o sonho é realização disfarçada de um desejo reprimido, muitas vezes de origem infantil. Isso constitui o tema dos três capítulos seguintes do livro.
Já o capítulo 6 estuda os mecanismos que o “trabalho do sonho” utiliza para disfarçar ou deformar o desejo: a condensação e o deslocamento do material. Também as formas de representação com símbolos são abordadas. O último capítulo, o mais teórico, expõe a psicologia dos processos oníricos.
Além das novíssimas perspectivas lançadas sobre a natureza e os significados dos sonhos - outrora considerados apenas resquícios da vida diurna -, em A interpretação dos sonhos Freud postula uma instância até então desconhecida da psique humana: o inconsciente. Tal pressuposto - o da existência de um continente praticamente inacessa do da 'alma' humana - abriu todo um leque de possibilidades de estudos científicos e psicanalíticos para Freud e seus seguidores. Trabalho tão genial hoje quanto à época de sua primeira publicação, em 1899, A interpretação dos sonhos é considerada uma das obras fundadoras da contemporaneidade e que mais influenciaram o pensamento do século XX.
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