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Estudo do Inconsciente

 Inconsciente: Perspectivas Filosóficas e Psicanalíticas O estudo do inconsciente tem sido uma das áreas mais fascinantes e complexas da filosofia e da psicologia. Desde os tempos antigos, filósofos têm contemplado a natureza oculta da mente humana, enquanto a psicanálise, especialmente através dos trabalhos de Sigmund Freud e outros psicanalistas contemporâneos, tem lançado luz sobre as camadas profundas da psique humana.  Este breve texto visa explorar essas perspectivas, desde os fundamentos filosóficos até as contribuições contemporâneas da psicanálise, incluindo importantes figuras brasileiras nesse campo. Filosofia e o Inconsciente A investigação filosófica sobre o inconsciente remonta aos tempos antigos, com Platão sugerindo a existência de uma alma dividida em camadas, algumas das quais permanecem inacessíveis à consciência. Aristóteles, por sua vez, discutiu o papel dos sonhos como reveladores de desejos e preocupações ocultas.  No entanto, foi com a ascensão da psicanálise qu

Recordar, repetir e elaborar (1914)

 "Recordar, repetir e elaborar (1914)" é um ensaio seminal de Sigmund Freud, o pai da psicanálise, no qual ele explora conceitos fundamentais para o entendimento do processo psicanalítico. Neste texto, Freud investiga a natureza da repetição de traumas e experiências passadas na mente do paciente durante o tratamento psicanalítico. 

Freud sugere que os pacientes muitas vezes repetem padrões de comportamento e reações emocionais semelhantes aos eventos traumáticos do passado, como uma forma de tentar dominar ou compreender essas experiências dolorosas.


O psicanalista S. Freud argumenta que, ao trazer à tona e recordar conscientemente essas experiências traumáticas, os pacientes têm a oportunidade de elaborar sobre elas, isto é, de compreendê-las de uma forma mais profunda e integrá-las em seu psiquismo. Esse processo de recordação, repetição e elaboração é central no trabalho psicanalítico, pois permite ao paciente confrontar e lidar com questões não resolvidas do passado, promovendo assim a cura psíquica.


Além disso, S. Freud discute a importância do papel do analista neste processo, enfatizando a necessidade de neutralidade e empatia por parte do terapeuta para facilitar a livre associação do paciente e a análise das resistências. 

Assim, "Recordar, repetir e elaborar (1914)" oferece uma visão profunda e esclarecedora sobre os mecanismos psicológicos subjacentes ao trabalho terapêutico na psicanálise, lançando luz sobre o complexo processo de transformação e crescimento pessoal que ocorre durante o tratamento psicanalítico.

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O homem dos lobos (Freud)

O homem dos lobos foi um caso atípico na clínica psicanalítica de Freud. Em 1910 teve início as sessões, interrompida pela guerra, em 1914. Desse modo, é considerado um caso longo para os parâmetros do Freud. Vale lembrar que na época, o psicanalista recebia o paciente 5x por semana em seu consultório na cidade de Viena, Áustria , mas a análise pessoal não durava por muitos anos, como nesse caso específico do "homem dos lobos". Após a guerra, o paciente retomou a análise com o psicanalista, em um segundo momento, estabelecendo consigo um prazo de encerramento das sessões psicanalíticas. Aliás, uma técnica ativa, que como o próprio disse, o ajudou a avançar na análise com Freud. Em seguida, segue análise com outros psicanalistas. ë conhecido na história da psicanálise por ter tido muitos analistas. Muitas das coisas das quais eu fiquei sabendo, eu fiquendo sabendo apos estabelecer esse prazo Para quem estuda psicanálise, sabe que Freud participava de reuniões com outros médico