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Estudo do Inconsciente

 Inconsciente: Perspectivas Filosóficas e Psicanalíticas O estudo do inconsciente tem sido uma das áreas mais fascinantes e complexas da filosofia e da psicologia. Desde os tempos antigos, filósofos têm contemplado a natureza oculta da mente humana, enquanto a psicanálise, especialmente através dos trabalhos de Sigmund Freud e outros psicanalistas contemporâneos, tem lançado luz sobre as camadas profundas da psique humana.  Este breve texto visa explorar essas perspectivas, desde os fundamentos filosóficos até as contribuições contemporâneas da psicanálise, incluindo importantes figuras brasileiras nesse campo. Filosofia e o Inconsciente A investigação filosófica sobre o inconsciente remonta aos tempos antigos, com Platão sugerindo a existência de uma alma dividida em camadas, algumas das quais permanecem inacessíveis à consciência. Aristóteles, por sua vez, discutiu o papel dos sonhos como reveladores de desejos e preocupações ocultas.  No entanto, foi com a ascensão da psicanálise qu

Resumo sobre: Processos Grupais

INSTITUCIONALIZAÇÃO - regularidade comportamental normatizada pela vida em grupo - vida cotidiana é demarcada pela vida em grupo - é preciso combinar regras para vivermos juntos


Processos de institucionalização

teóricos Berger e Luckmann - estabelecimento de regularidades comportamentais.

de tarefas⇣

     hábitos⇣

     tradição⇣

 ↝ institucionalização que significa quando passam muitas gerações e a regra estabelecida perde a referência de origem (dos antepassados), dizemos que esta regra foi institucionalizada.



INSTITUIÇÕES, ORGANIZAÇÕES E GRUPOS


Instituições →  corpo de regras e valores / comportamento padrão e ético (campo abstrato)

Organizações →  quadro de instituições da sociedade, representa ministérios, igrejas (produção social)

Grupo reproduz e às vezes reformula regras, produção dentro das organizações, singularidade e transformação.


OLMSTED 1970 - Pluralidade do indivíduo em contato com os outros, que se consideram mutuamente e que tem consciência de que tem algo importante em comum.


COESÃO GRUPAL - certeza da fidelidade dos membros (que seguirão as regras)



TIPOS DE GRUPO:


Primário - presença de laços afetivos intimos ou pessoais, formados por espontaneidade e por terem objetivos em comum. ex família, turma, gangue. Manutenção de ideias e ideais.


Secundário - grupo que se dissolverá ao concluir a tarefa


Tipos de organização interna e funcionamento: 


autocrático - estabelece sozinho as normas do grupo

democrático - decide junto

laissez faire - não comanda, liberdade de ação

(os 3 só funcionam se tiver vocação e liderança no grupo)



Papel social - Comportamento que se espera de quem ocupa uma determinada posição com determinado status, ex que um pai sustente seus filhos e que proveja alimentação etc.


Posição - localização de uma pessoa no grupo ou organização


Status - Importância relativa de diferentes posições e pessoas para o grupo ou organização.


DIN MICA GRUPAL (ciência multifacetada)

Saúde - aplicações práticas da dinâmica de grupo (+promissores)

Educação - pedagogia dos grupos; síntese perfeita entre instrução e

socialização do indivíduo. ( bases Lewin e Moreno)

Trabalho - desenvolvimento profissional e treinamento

Pode-se também estudar grupos considerando sua dinâmica e componentes que constituem forças em ação e que determinam os processos grupais (MOSCOVICI 2001)


INSTITUIÇÃO DO GRUPO E DIN MICA

Solidariedade mecânica -  quando a filiação ao grupo independe de nossa vontade

Solidariedade orgânica - convívio com os pares e pessoas escolhidas/panelinhas

Processo grupal - fenômenos grupais passam a atuar sobre o indivíduo e o grupo 

Coesão grupal - forma que os indivíduos têm para que os membros sigam as

regras estabelecidas e se obtenha a fidelidade dos mesmos. Podem ter maior ou menor coesão, dependendo da fidelidade ao(do?) grupo e pressão exercida (BOCK, 1999)




Jacob Levy Moreno


Teoria da Espontaneidade-Criatividade - o homem nasce com recursos de espontaneidade e criatividade, como fatores que favorecem o adequado desenvolvimento da vida física, psíquica e relacional.


Por força de ambientes adversos e outras variáveis intervenientes, os elementos saudáveis da espontaneidade e da criatividade vão sendo prejudicados e o indivíduo passa a ter dificuldades em dar respostas novas no dia-a-dia, ou respostas novas a situações já conhecidas.


→ Moreno abriu novos campos do saber para novas abordagens, culminando sua produção

visionária com a proposição de uma nova ciência: a Socionomia.


Socionomia: o estudo das leis do desenvolvimento e das relações sociais; 


 Sociometria: descreve e mede a dinâmica dos grupos, com a rede de vínculos que

constituem a estrutura dos grupos; 


Sociatria possui os métodos de Psicodrama,Sociodrama e Psicoterapia de Grupo.


(espontaneidade - realidade psíquica mais tangível // condição como criador - criatividade, conforme o drama acontece o inconsciente e o consciente se tornam 1)



Piaget


O comportamento é construído numa interação entre o meio e o indivíduo e quanto mais

complexa for esta interação, mais inteligente será o indivíduo; 


Schutz 


Teoria das Necessidades Interpessoais :

Os membros de um grupo só aceitam fazer parte dele a partir do momento em que certas necessidades fundamentais são satisfeitas pelo grupo. 


Necessidades fundamentais:

inclusão (sentir-se aceito) 

- vínculo humano 

 tem como objetivo a

sobrevivência

ligada ao estágio oral

 controle (sentir-se responsável por tudo aquilo que constitui o grupo)



refere-se a necessidade de controle


 poder e responsabilidade 

está ligada ao estágio anal 

 afeição (sentir-se valorizado).

 necessidade de afeto 


vínculos emocionais

 ligada ao estágio fálico.





Cada dimensão pode acarretar em doenças físicas específicas 

As necessidades Interpessoais são satisfeitas normalmente por um equilíbrio de relação nas 3 zonas de necessidades que caracterizam as 3 fases de desenvolvimento grupal.



Pichon-Riviére 


começou a trabalhar com grupos na medida em que observava a influência do grupo familiar em seus pacientes.


aprendizagem é sinônimo de mudança, na medida em que deve haver uma relação dialética entre sujeito e objeto e não uma visão unilateral, estereotipada e cristalizada. 


A aprendizagem centrada nos processos grupais coloca em evidência a possibilidade de uma nova elaboração de conhecimento, de integração e de questionamentos acerca de si e dos outros.


Sua maior contribuição situa-se no âmbito dos processos grupais, onde propõe um modo de compreender a estrutura e o funcionamento dos grupos, como também modos de

intervenção objetivando instrumentalizá-los para a aprendizagem e para a transformação.


Grupos operativos 


não basta que haja um objetivo comum ou que tenha como finalidade uma tarefa, é preciso que essas pessoas façam parte de uma estrutura dinâmica chamada vínculo.


vínculo é “[...] a maneira particular pela qual cada indivíduo se relaciona com outro ou outros, criando uma estrutura particular a cada caso e a cada momento”


Enrique Pichon-Rivière (1907 – 1977), foi um psiquiatra e psicanalista argentino de

origem suíça, que contribuiu muito com o questionamento que levantou sobre a psiquiatria e a questão dos grupos em hospitais psiquiátricos, 


ECRO – Esquema Conceitual Referencial e Operativo: 

cada um de nós possui um ECRO individual-constituído pelos nossos valores, crenças, medos e fantasias.


Kurt Lewin. 


Psicologia da Gestalt Pesquisa-ação (Action-Research)

dar conta de dois problemas levantados pela sociedade em sua época: 

os problemas sociais

a necessidade de pesquisa. 


Teoria do campo psicológico: 

As variações individuais do comportamento humano com relação à norma são condicionadas pela tensão entre as percepções que o indivíduo tem de si mesmo e pelo ambiente psicológico em que se insere o espaço vital.


comportamento de grupo 

é necessário que vários indivíduos experimentem as mesmas emoções de grupo

que essas emoções sejam suficientemente intensas para integrá-los 

o grau de coesão atingido por esses indivíduos seja tal que eles se tornem capazes de adotar o mesmo tipo de comportamento.



A dinâmica do grupo é determinada pelo conjunto de interações existentes no interior de um espaço psicossocial. 


O comportamento dos indivíduos ocorre em função dessa dinâmica grupal, independentemente das vontades individuais.


Pressupostos necessários para a formação de um grupo:

A interação do indivíduo no grupo depende de uma clara definição de sua

participação no seu espaço vital.

O indivíduo utiliza-se do grupo para satisfazer as suas necessidades próprias.

Todos os membros do grupo sofrem o impacto do grupo e vivenciam a sua totalidade

sua totalidade.

O grupo é considerado como um dos elementos do espaço vital do indivíduo.


Bock (1999) explica que a instituição consiste em um valor ou regra social que reproduzimos em nosso cotidiano, enquanto um guia básico de comportamento e de padrão ético. 


Ela atravessa de forma sutil as nossas relações sociais. (organização social e grupo social). 


A Organização consiste na base concreta da sociedade, um aparato que reproduz o quadro de instituições no cotidiano da sociedade. Podemos identificá-la em um complexo organizacional como, por exemplo, Ministérios ou escolas, empresas, igrejas, clubes e associações.



dissertativas →  possíveis, a gente NÃO sabe o que vai cair

(foram as perguntas de uma turma do Tatuapé)


Qual o papel do psicólogo no processo grupal:

           

A intervenção psicológica possui como finalidade o descobrimento da raiz da dor psíquica que afeta o indivíduo, para que esta seja tratada, e, compreendidos os sofrimentos que assolam o mesmo durante sua existência, propiciar cuidado, tratamento e superação do problema em questão.


 Em trabalhos com grupos, de acordo com Bechelli (2005), a atuação do psicólogo ca­racteriza-se em manter o foco na fala do grupo, apoiar os participantes que se sentem em­baraçados, mediar conflitos e assegurar o cumprimento das regras estabelecidas, bem como, promover sentimentos positivos que venham a auxiliar em seus processos interpsíquicos e interpessoais através de seus comportamentos e reações, facilitando a tomada de decisão e certo controle sobre os medos e ansiedades que porventura possam surgir na dinâmica grupal. 


Desse modo, o psicólogo, enquanto facilitador grupal, deve ater-se a uma postura criativa, co­erente com o grupo e flexível, espontânea, de modo a facilitar a interação de seus membros. Tal postura adquire-se através de um profundo contato com o aporte teórico de terapias de grupo, e também através das vivências grupais, as quais são ricas fontes de experiência e aprendizado. Neste sentido, o papel do facilitador não será de dirigir o grupo, impor regras, ou normas, mas de viabilizar o processo de desenvolvimento do grupo, dentro do seu próprio ritmo (MOREIRA, 1999).


CONSIDERAÇÕES FINAIS

A atuação do psicólogo em grupos terapêuticos é de fundamental importância, pois viabiliza a elaboração psicossocial de seus participantes, fortalece sua autoestima, cria vín­culos afetivos, diminui a resistência das relações interpessoais, possibilitando a expressivi­dade dos mesmos.


De tal forma é inegável a relevância deste modelo de trabalho no âmbito da saúde, visto que o grupo quebra com modelos individualizantes e biologizantes aos quais a saúde coletiva vem combatendo desde seu início.



O que é a teoria do campo de Kurt Lewin?


A teoria do campo psicológico, formulada por Lewin, afirma que as variações individuais do comportamento humano com relação à norma são condicionadas pela tensão entre as percepções que o indivíduo tem de si mesmo e pelo ambiente psicológico em que se insere, o espaço vital.’ (texto 2)


Kurt Lewin argumentava que o clima democrático, autocrático ou o laissez-faire dependiam da vocação do grupo e do estabelecimento de lideranças que os viabilizassem.


teoria do campo psicológico


*variações individuais do comportamento humano em relação à norma são condicionadas pela tensão, pela percepção que o indivíduo tem de si mesmo e pelo ambiente psicológico que se insere o espaço vital.

*a dinâmica de grupo é determinada pelo conjunto de interações existentes no interior de um espaço psicossocial


Para Lewin, o comportamento individual não era um produto de eventos passados ​​ou expectativas futuras, mas era uma função da interação entre o indivíduo e seu ambiente atual ou “campo”, como ele o denominou (Marrow, 1969).


A teoria de campo é uma Teoria comportamental que determina que todo fenômeno psicológico ocorre em um determinado campo, “o campo vital do indivíduo”. 


Lewin afirma que cada pessoa existe dentro de um campo de forças. O campo de forças ao qual o indivíduo está respondendo ou reagindo é denominado seu espaço vital.


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