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Estudo do Inconsciente

 Inconsciente: Perspectivas Filosóficas e Psicanalíticas O estudo do inconsciente tem sido uma das áreas mais fascinantes e complexas da filosofia e da psicologia. Desde os tempos antigos, filósofos têm contemplado a natureza oculta da mente humana, enquanto a psicanálise, especialmente através dos trabalhos de Sigmund Freud e outros psicanalistas contemporâneos, tem lançado luz sobre as camadas profundas da psique humana.  Este breve texto visa explorar essas perspectivas, desde os fundamentos filosóficos até as contribuições contemporâneas da psicanálise, incluindo importantes figuras brasileiras nesse campo. Filosofia e o Inconsciente A investigação filosófica sobre o inconsciente remonta aos tempos antigos, com Platão sugerindo a existência de uma alma dividida em camadas, algumas das quais permanecem inacessíveis à consciência. Aristóteles, por sua vez, discutiu o papel dos sonhos como reveladores de desejos e preocupações ocultas.  No entanto, foi com a ascensão da psicanálise qu

Feminilidades (rascunho)

 Masculino, Feminino e as identificações edípicas


Uma breve discussão a respeito do processo de identificação secundária na obra de Freud.



Por Danilo Hadek



Édipo: descoberta que não somos o objeto de


Identificações e orientações de desejo (escolha de objeto)


3 respostas


Negação: falta, castração, diferença sexual, alteridade

pode ser feita de forma simbólica. Retenção de certos significantes. Localização do falo no inconsciente. Produz um retorno no simbólico. (aquilo que não quis saber, que recalquei) vai se dar nos sintomas neuróticos. 




A psicanálise aponta que o comportamento psicossexual independe da diferenciação biológica. O desenvolvimento das nuances de masculinidade-feminilidade do sujeito são fantasias, cabendo somente o trabalho analítico a sua interpretação.


Uma breve discussão a respeito da feminilidade e masculinidade no processo de identificação e as nuances da passividade atividade na personalidade do sujeito diante do Complexo de Édipo.


No início de suas pesquisas, Freud debruçou-se sobre o estranhamento do corpo feminino, contagiado pela histeria. A psicanálise, então, passa a buscar um sentido para a parte psíquica do sujeito, em especial, as representações do feminino.


O sintoma histérico se traduz por uma mulher que necessita ser ouvida. Diante de uma vida de obrigações sociais e repressões em todos os campos, inclusive psíquicos, o corpo feminino fala.


histeria, sexo feminino, mulher, sexualidade feminina e feminilidade


O emblemático caso Anna O. deixa claro a fusão entre a histeria e o corpo feminino.


A teoria do sujeito da psicanálise, sustentada pelo complexo de castração - base de todo pensamento freudiano - encontrava no tornar-se mulher o seu limite. O Édipo produzia o homem, mas não a mulher (Soler, 2005).


O feminiu, do latim, adjetivo relativo às mulheres. Associado a essa noção, um componente social emerge para dar sentido a algo já impregnado pelo natural. ?


O ser mulher surge a partir de um jogo oposicional com o masculino (Birman, 2001)


Mas qual é, então, a diferença básica entre eles? Neri (2002) esclarece: O feminino (weiblich) se refere à posição feminina na dialética fálica que instaura a diferença masculino-fálico-atividade / feminino-castrado-passividade, a sexualidade feminina (weiblich Sexualitat) designa o destino da sexualidade da mulher na lógica fálica e a feminilidade (weiblichkeit) indica um erotismo não mais regulado pela lógica fálica, deixando à mostra um eixo de subjetivação, erotização e sublimação que inaugura novas possibilidades de inscrição do sujeito na cultura como singularidade e diferença. (Neri, 2002, p. 29 e 30) Uma mínima diferença frente ao já consagrado historicamente entre os termos, dentro e fora da psicanálise. Um sentido sobre o destino do humano havia sido dado, porém, precisamente, o que se diferenciava nos discursos qualificados de "femininos", ainda o problematiza. Um limite real na sua teorização? Não pelo objeto em si, mas pelo contraponto que estabelecia para a ordem (masculina/fálica) à qual era referendado.


No fim de seu percurso teórico, em seu artigo denominado Análise Terminável e Interminável, Freud (1937/1996b) enuncia o que é a feminilidade, agora radicalizado em outro conceito, não mais restrito à estruturação subjetiva feminina, mas do sujeito, seja homem ou mulher. Ela passa a ser o que há de comum nos dois sexos: uma condição originária do sujeito em relação à qual se contrapõe a ordem fálica. Uma outra lógica, além da operada pelo registro fálico, parece reger o tornar-se sujeito. Algo radicalmente hetero, indisciplinado à lei fálica.


Nesse estágio teórico, a feminilidade realiza um deslocamento conceitual: de saída "normal" para o Édipo da menina, transforma-se em representante da falta, da ausência, do desamparo originário do sujeito, pelo qual este se insere culturalmente. Surgem novas considerações sobre o termo, cuja experiência é marcada pelo horror para ambos os sexos: horror à condição incompleta, imperfeita, faltante.


Sob a ótica de uma masculinidade originária, na qual a diferença sexual é constituída pelo operador fálico, são traçados seus destinos. Esse é o paradigma que guia boa parte das construções teóricas sobre o dito Outro sexo e é o eixo de algumas das suas modalidades de figuração até hoje. Como num movimento pendular, o pensamento psicanalítico ora avança, rompendo com o naturalismo dos sexos (por exemplo, ao formular os conceitos de sexualidade infantil e pulsão), ora retrocede, ao atualizar imagens parcializadas e preconcebidas no percurso da menina em buscado tornar-se mulher (visualizadas no curso dito complicado da sexualidade feminina, e nas suas três possibilidades no Édipo, sendo apenas uma considerada "normal": a maternidade).


Na figura de Anna O., a histeria é sujeito da enunciação e corpo da verdade do discurso psicanalítico (Neri, 2002, p. 24). Enuncia um sujeito descentrado, desnaturalizado e inscrito pela intensidade e variedade pulsional. Assim, a mulher, ao encarnar a histérica, dá voz ao inconsciente, ao que está por detrás do seu desejo mais íntimo, à mercê de um excesso pulsional.


Contemporaneamente acrescentamos o gênero como categoria, contudo ainda há dissonâncias e padecem de interlocuções com outras áreas do conhecimento.





Na música de João Gilberto,


Pode ser que haja uma melhor, pode ser 

Pode ser que haja uma pior, muito bem 

Mas igual à Maria que eu tenho 

No mundo inteirinho igualzinha não tem 

Maria ninguém, é Maria e é Maria meu bem 

Se eu não sou João de nada Maria que é minha é Maria ninguém 

Maria ninguém é Maria como as outras também 

Só que tem que ainda é melhor do que muita Maria que há por aí 

Marias tão frias cheias de manias, marias vazias pro nome que tem 

Maria ninguém é um dom que muito homem não tem 

Haja visto quanta gente que chama Maria e Maria não vem 

Maria ninguém, é Maria e é Maria meu bem 

Se eu não sou João de nada 

Maria que é minha é Maria ninguém


Distante da cultura patriarcal que acumulamos desde primórdios da sociedade brasileira


Ou no poema de Victor Hugo:


O Homem e A Mulher 


O homem é a mais elevada das criaturas; 

A mulher é o mais sublime dos ideais. 

O homem é o cérebro; 

A mulher é o coração. 

O cérebro fabrica a luz; 

O coração, o AMOR. 

A luz fecunda, o amor ressuscita. 

O homem é forte pela razão; 

A mulher é invencível pelas lágrimas. 

A razão convence, as lágrimas comovem. 

O homem é capaz de todos os heroísmos; 

A mulher, de todos os martírios. 

O heroísmo enobrece, o martírio sublima. 

O homem é um código; 

A mulher é um evangelho. 

O código corrige; o evangelho aperfeiçoa. 

O homem é um templo; a mulher é o sacrário. 

Ante o templo nos descobrimos; 

Ante o sacrário nos ajoelhamos. 

O homem pensa; a mulher sonha. 

Pensar é ter , no crânio, uma larva; 

Sonhar é ter , na fronte, uma auréola. 

O homem é um oceano; a mulher é um lago. 

O oceano tem a pérola que adorna; 

O lago, a poesia que deslumbra. 

O homem é a águia que voa; 

A mulher é o rouxinol que canta. 

Voar é dominar o espaço; 

Cantar é conquistar a alma. 

Enfim, o homem está colocado onde termina a ter


Esse mundo binário parece não fazer mais sentido.


Conforme


A diferença entre os sexos, refletida à luz das teorias do gênero, nos convoca a pensar, pelo menos, se o novo lugar que a mulher ocupa na modernidade não mereceria que a teoria fosse reconsiderada (SIGAL)


teoria do caos, da complexidade, das teorias dissipativas, para pensar a psicanálise fora dos sistemas de causa e efeito da física tradicional e nos convida a pensar em sistemas complexos, dinâmicos, não lineares, em desordem, sistemas nos quais as variáveis interatuam com diversas alternativas. Questiona o lugar que as teorias do gênero vêm a ocupar na psicanálise (SIGAL)


A quem acusa Freud de machista, ora, é preciso contextualizá-lo à sua época. Aliás, aprendemos ao estudar os primeiros casos das mulheres histéricas, a fonte de toda preocupação com as minúcias da teorização da sexualidade encontra-se no cuidado que o Doutor Freud dedicou-se a estudar, analisar e contribuir para o bem estar das pacientes.


E como diz a letra de Pepeu Gomes, "ser um homem feminino não fere o meu lado masculino". Feminilidade não tem a ver com a genital.


Para dar conta da ideologização que se infiltra no campo psicanalítico e das novas questões que se nos apresentam, é necessário não tomar a teoria como um corpo morto, coagulado ou estagnado (SIGAL)


Enquanto pelo falo o sujeito busca a totalização, a universalidade e o domínio das coisas e dos outros, pela femi- nilidade o que está em pauta é uma postura voltada para o parti- cular, o relativo e o não-controle sobre as coisas. Por isso mes- mo, a feminilidade implica a singularidade do sujeito e as suas es- colhas específicas, bem distantes da homogeneidade abrangente da postura fálica. A feminilidade é o correlato de uma postura he- terogênea que marca a diferença de um sujeito em relação a qual- quer outro. (BIRMAN, Cartografia)

Foi neste sentido específico que Freud nos disse que a feminilidade seria a fonte de uma experiência psíquica marcada pelo horror, justamente porque a sua emergência coloca em questão o autocentramento da subjetividade baseado no referencial fálico. (BIRMAN, Cartografia)

a dissolução da ordem fálica coloca em questão as nossas crenças mais fundamen- tais. 

O que implica dizer que a feminilidade não é um registro psíquico e erógeno que remeta imediatamente para o uni- verso das mulheres, em oposição ao dos homens. Seria essa a outra novidade no uso da palavra sugerido ainda por Freud. Isso por- que, para ele, a oposição entre o masculino e o feminino, entre os homens e as mulheres, seria constituída em torno da figura do falo. Ter ou não ter o falo e os seus atributos, seria essa a ques- tão que dividiria o mundo dos sexos e dos gêneros. Ou, então, ser ou não ser o falo implicaria a dimensão narcísica originária da tal diferença sexual. (BIRMAN, Cartografia)


Acreditar-se portador de um poder de superioridade por ter o pênis como atributo do falo seria a crença maior da arrogância masculina em relação às mulheres. Em contrapartida, não ter o pênis como atributo do falo seria o signo maior da inferioridade das mulheres e a fonte proverbial de sua inveja. Freud nos ofere- ceu uma complexa leitura das experiências psíquicas, masculina e feminina, centrada nessas oposições. Contudo, indicou-nos tam- bém como ambos os sexos se constroem pelo referencial fálico, revelando-se por esse viés tanto a miséria quanto o estreitamento da condição humana.

Para Freud, a experiência da castração, o conceito de feminilidade seria uma maneira outra de se referir a isso 


as dificuldades na classificação de sintomas sem causa orgânica definida pelo escopo da medicina moderna, diante do imperativo prático no cuidado dos que chegam ao sistema de saúde com esse tipo de demanda e dos princípios psicanalíticos já apresentados por Freud.

Trabalho realizado para a conclusão do curso Conflito e Sintoma, do Instituto Sedes Sapientiae, sob orientação da professora Cristina Herrera.

A conversão, mecanism



Ninguém é igual a ninguém










Video Maria Rita Kehl - condição de sujeito moderno. Todos nós tivemos oportunidades de nos tornarmos outro. Não no sentido psicótico de subverter completamente a sua estrutura, suas marcas primordiais. O percurso que cada um pode fazer é indefinido. Não está definido no nascimento.


Texto Boi Tempo - A mínima diferença


Incapaz de formular uma interpretação satisfatória para o que ouço no consultório e na vida, dou voltas em torno desse mal-estar. Tento cercar com perguntas aquilo para o que não encontro resposta. É possível que a relação consciente/inconsciente se modifique à medida que mudam as normas, os costumes, a superfície dos comportamentos, os discursos dominantes? A questão remete, sim, à relação entre recalque e repressão. Se mudam as normas, mudam os ideais e o campo das identificações – e, com eles, uma parte das exigências do superego, uma parte das representações submetidasso, os sintomas que tentam dar conta simultaneamente da interdição e do desejo recalcado… Dito de outra forma – os “novos tempos” nos trazem novos sujeitos? Novos homens e mulheres colocam outras questões à observação psicanalítica? E aqui vai a ressalva: não há nenhuma euforia, nenhum otimismo no emprego da palavra “novo”. A própria psicanálise já nos ensinou que a cada barreira removida, a cada véu levantado, deparamos não com um paraíso de conflitos resolvidos e sim com um campo minado ainda desconhecido.


-- diferença entre recalque e repressão


A literatura - Ana Karênina, Emma Bovary, Nora, Deodorina


Depende do desejo


Não é próprio do feminino. As mulheres, no máximo, não são capazes de sublimação.

s pelo menos ao recalque secundário –, mudam também as chamadas soluções de compromi

3 destinos possíveis para a feminilidade - maternidade, frigidez e histeria.


Os filhos são o único falo da mulher? A mulher que faz do filho o seu falo. Neurotiza.


 Ego e Id - Se identificar com o objeto perdido.


Livros


Freud Cia das Letras - 1931 - Feminilidade p. 263


Freud Biografia Peter Gay


Laplanche - verbete masculinidade 


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leitura crítica do conceito de sexualidade

universo enigmático da feminilidade. 

"o território da fe- minilidade corresponde a um registro psíquico que se opõe ao do falo na tradição psicanalítica, sendo o seu contraponto nos me- nores detalhes. Enquanto pelo falo o sujeito busca a totalização, a universalidade e o domínio das coisas e dos outros, pela femi- nilidade o que está em pauta é uma postura voltada para o parti- cular, o relativo e o não-controle sobre as coisas. Por isso mes- mo, a feminilidade implica a singularidade do sujeito e as suas es- colhas específicas, bem distantes da homogeneidade abrangente da postura fálica. A feminilidade é o correlato de uma postura he- terogênea que marca a diferença de um sujeito em relação a qual- quer outro". (BIRMAN, 1999, p. 10)



É preciso evocar, no entanto, que esse horror atinge igualmente os homens e as mulheres. Ou seja, a feminilidade não é um conceito psíquico e erógeno, que remeta imediatamente ao universo das mulheres, em oposição ao dos homens. (BIRMAN, 1999, p. 11)

 ainda de acordo com o com a subjetividade uma experiência de perda de contornos e de cer- tezas. Se o mundo se constitui para o eu, nas individualidades, pelo horizonte desenhado pelo falo e pelo narcisismo, a dissolução da ordem fálica coloca em questão as nossas crenças mais fundamen- tais. Por tudo isso mesmo, afinal de contas, a feminilidade seria a fonte sempre recomeçada da experiência do horror.

Colocar pois o falo em estado de suspensão implicaria para

tário de Freud. registro psíquico e erógeno que remeta imediatamente para o uni- verso das mulheres, em oposição ao dos homens. 

O satélite fantasmático que orbita as diferenças sexuais


Fracasso identificatório - sujeito histérico busca ser desejado e investida como objeto de amor do outro. (ALONSO, p. 191) Segundo a psicanalista, como numa "sala de espelhos" a mulher histérica busca, inconscientemente, homens comprometidos, tentando encontrar a sua feminilidade na opositora do mesmo sexo.


Genitalidade


Identificação Edípica


A partir de 1923 as identificações são pensadas por Freud como estruturantes do aparelho psíquico. As identificações permitem explicar o surgimento dos sintomas.


Identificações primárias

Identificações narcísicas

Identificações secundárias edípicas

Identificações histéricas


Identificação primária: não resulta da perda de um objeto anteriormente investido libidinalmente. (ALONSO, p.193) Estão relacionadas com a formação do caráter.  A identificação com o pai a pré-história pessoal. (FREUD, 1923)


Para Alonso (2005), "As identificações primárias constituem o chão sobre o qual poderão acontecer as identificações narcísicas e identificações edípicas." Estas por sua vez serão retrabalhadas pelas identificações posteriores, construindo um verdadeiro mosaico identificatório. (p. 194)


Identificações narcísicas: "a sombra do objeto caiu sobre o eu". Ou seja, o objeto perdido reconstitui-se no eu, e o eu modifica-se de acordo com o objeto. (2005, p. 195)


Édipo negativo


"Como existem o Édipo positivo e o negativo, a identificação é sempre dupla" (2005, p. 197)

Freud afirma em O ego e o id, que podemos admitir como resultado da fase sexual dominada pelo complexo de Édipo a presença no eu de uma sedimentação no estabelecimento destas duas identificações entrelaçadas (FREUD, 1923, p. 35) Ainda que prevaleça  no menino a identificação masculina,e  na menina, a feminina.


Para além da anatomia, pois esta não resolve totalmente o que seria um homem e/ou uma mulher. Para a psicanálise, diferente da simplificação biologicista. 


As diferenças anatômicas por si não são suficientes para representar.




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